Mas de licença poética em licença poética, que tal lembrar que um dia tivemos a Escola Artesanal, com sua fanfarra majestosa, que tal lembrar do Coléginho com as crianças impecavelmente bonitas e vestidas(se bem que era da elite da época e lá tinha grana)...mas também podemos lembrar do Tancredão, com sua fantasia de camisa vermelha, o Paula Santos queria competir com idéias, o Tancredo sem verbas com raça, o Artesanal com qualidade,pois era a escola das oficinas, povo mais traquejado, e a nave seguia seu rumo com devoção dos poucos que existiam, mas tinha um certo civismo. Isso digo, no antes da tal malfadada e dita como revolução. Depois foram desfiles, mandados e cumpridos. Ou aquela máxima. Escuta quem quiser, cumpre quem puder, cala quem tem juízo, faz quem sobreviver. Talvez o que vimos foi uma repetição sem graça daquilo ali... pelo que escuto, é mais ou menos assim que acontecem as coisas ....
É claro, o quintal se expandiu, a qualidade de vida se foi, pessoas geraram pessoas, pessoas vieram e fizeram mais pessoas, o quintal ficando pequeno, os quintalões acabando-se ou transformando-se, mas assistindo, com o casario, que não é mais o mesmo, assim como o povo não é mais o mesmo, assim como o civismo não é mais o mesmo, os desfiles,claro como a banda passou, deixou a namoradeira, enamorando, mesmo que não tenha seu namorado, a feia imaginando-s e bela, o desvairado, em variado, o cauteloso em lépido, o calmo em rebelde, o rebelde em frangalhos, como a banda, como o desfile, como o trauma de saber que não mais fazem , hoje compram, contratam, subcontratam, atrasam, não cumprem, ou se cumprem pela metade, como o povo, o desfile, o compromisso, a fuga, o fugaz, o talvez,o quem sabe,...quem sabe.
Quem sabe um dia, todos irão se orgulhar da terra, em que nasceram,...quem sabe? Até um dia, até talvez, até quem sabe.....!