quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Que dizer, se penso que já disse tudo.

Dias desses vi a montagem de uma frase, que no mínimo é surreal, vamos a ela.

“ A Coisa do coiso, não coisa”...

logo em seguida a pergunta: “Coisou a coisa, coiso?”


E o pior é que se entenderam. Entenderam?

É isso que tem de bonito a língua falada. O difícil é traduzi-la ou transcrevê-la no papel.

Outra coisa que me deixa perplexo, são as(os) taquígrafos(os) profissionais, que ficam com aquelas maquininhas de poucas teclas, cutucando e cutucando, e num é que nos fim das contas conseguem transcrever na íntegra os discursos por mais inflamados que possam parecer, ou melhor por mais que pareçam inteligíveis, ele(as) conseguem o “milagre” de transcrevê-los.

Nos anais das câmaras legislativas, isso é comum. E me deixa perplexo, encantado seria a palavra mais adequada para quando vejo e encanto-me.

Viram. Pensei que havia dito tudo. Faltava isso, e eu pensei que nada me deixava perplexo.

Assim como já me acostumei com as bicicletas circulando pelas calçadas, nas contra mãos, em contrário as regras do trânsito. Assim com me acostumei com aqueles que deveriam coibir esses abusos e não fazem por preguiça, ou por falta de vontade, ou por total negligência com os seus patrões que somos nós os contribuintes, e afinal eles recebem salários oriundos dos impostos.

Acostumei-me também com as malditas lombadas, que apesar de proibidas, aquelas que estão em desconformidades das leis, ainda persistem. Acostumei-me com os descasos com que se tratam esse assunto e outros.

Acostumei-me com a arrogância de uns, com a empáfia de outros. Acostumei-me com as pequenas autoridades, que pensam que são otoridades. Êpa! Que pensam que representam as otoridades. Êpa, de novo!!!! Pensam? Pensam que pensam....

Até com isso me acostumei.

Não adianta fazer chover, no molhado! . Ou ainda bater prego na areia, como diziam os filósofos.

Que o negócio não está prá brincar, diria outro filósofo de garrafa. Mas temos algumas armas. A primeira delas é a Educação. A Primeira delas é cultura. Êpa! As duas em primeiro lugar. Aí a “coisa fica boa”,...pergunto ao “coiso”....fica ou não fica boa a situação se melhorarmos a educação e a cultura do povo em geral.

Com muita certeza elegeremos melhor, cobraremos com mais ênfase, e as “otoridades” descobrirão que são passageiros desse bonde histórico, e colocar-se-ão nos seus devidos lugares....

É isso,”coiso”. Não tinha nada prá escrever somente um ranço de indignação, perplexidade e outras coisinhas mais que, me permiti destilar...

Então para completar,..participem da criação do nosso Fórum Municipal de Cultura, o nosso fórum de discussão que esperamos seja Permanente sobre a Nossa Cultura... interem-se... interajam...enfim,...participem

(Foto: palavras)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Cultura, ah! Cultura, ah! Educação! (pode ser em ordem inversa)

Então falávamos da facilidade que o povo brasileiro tem em criar e criar,...em todas as suas manifestações de criação, desde a agricultura, na mecânica, na física, na geometria, na matemática, na astronomia, na física, nas áreas médicas, na farmacêutica, na música, na dança, no teatro, nas lascívias, na política, na canastrice, na sacanagem, com o próprio e com o dos outros, na educação, nos esportes, na culinária, nas invenções, e nas, e nas, e nas .... são tantas as manifestações que com muita certeza irei esquecer de muitos alguns.
Argumentos não me faltam em afirmar que educação e cultura são a base de tudo e principalmente a base para o futuro. Se quisermos ter um futuro, preparemos os filhos com a educação e muita cultura. Não adianta as “famosas decorebas” para se passar de ano. O importante é ter a base estrutural da educação co, a valoração de cultura, exatamente aquela cultura local ensinada diuturnamente, à partir do cumprimento diário de um bom dia. O jeito amável do trato com as crianças e com o convívio com os mais idosos.
Dias destes li uma frase interessante, só não sei que é o autor, dizia o seguinte: “divulga-se que devemos preservar o planeta para os nossos filhos, mas não que temos que preparar e educar os filhos para que eles conservem o planeta” .
E o Templo da Cultura está inaugurado. Sempre que posso vou a teatros, cinemas, shows, estádios, missas, congrego, velo, participo de rituais, reuniões, festas, palestras, seminários, etc. Em cada um dos lugares por qual passo, participo, acompanho, tenho como convivas, pessoas. Essas podem ser pequenas, médias ou grandes, cultas ou incultas, jovens ou velhos crianças ou adultos não importa. Mas para cada evento, quase que invariavelmente são pessoas distintas, atraídas pelo conteúdo que será apresentado no local, evento para qual se encaminhou e se dispôs a assistir ou participar.
Pois bem e para não me alongar. Em cada desses eventos temos que participar, de acordo com o local. Isso ao menos ensinaram-me desde pequeno e isso passei para os meus. Mas como fazer passar cultura se o povo que recebe sequer tem educação para assistir os ensinamentos / espetáculos passados pelos atores , astros e atrizes.
Em alguns locais onde o silêncio deve imperar para que se ouçam os atores e suas falas, os músicos e suas músicas, os cantores e suas canções, os passos dos balés em conjunto com ofegar dos bailarinos, o ufar dos pulmões exalando o suor dos poros em correntes de vida. É isso. E enquanto isso, “maritacas” se empoleiram e não para de “maritacar”, gralhas não param de “gralhar”, crianças inquietas e “donas” dos pais, não param de ”atazanar” , velhos e suas dentaduras não as param de “craquetear”, jovens não param de “mascar”, futuros diabéticos e suas balas, não param de as “desembalar” ... o que se vê, o que se sente, sobrepõe a audição, por conta da falta de educação.

Lembrando-os: dia 17/08 as 19h encontro-os no Espaço Barros Jr. Reunião da criação do nosso Fórum de Cultura. O Espaço Cultural fica à Rua Dr. Barros Jr, 397.
Até lá...


(Fotos de "O Pagador de Promessas" - fotos de Boschilha)
Mais informações sobre o espetáculo em inebriada

... o Templo da Cultura está erguido e entregue....

Com o título, reforço, entregaram-nos (espero), o nosso, repito NOSSO, Templo da Cultura.
Não me importo mais em saber por onde andará o saudoso “dangle”, daqui por diante o que e com que me importarei é preservar e fazer bom, ou melhor, fazer o melhor uso do, (repito) NOSSO templo de cultura.
O espetáculo, espetacular, criado, vivenciado e repetido pelos atores locais, foi na melhor e mais completa expressão, um espetáculo!
O novo ambiente à esses espetáculos e manifestações artísticas, também é um outro espetáculo a parte. O que podemos redundar em que no Templo de Cultura apelidado de CEC, é um espetáculo. (se bem que faltou um fosso, mas não é por isso que entrarei na fossa.) (essa, lembrei-me da década de 60).
Mas o que me preocupa, são os que serão diferentes dos outros, pois todos de acordo com a Constituição são, ou deveriam ser iguais. Iguais enquanto espécie, diferentes em suas peculiares diferenças individuais. Mas são em regra iguais. E por que tratar os iguais desigualmente? Não entendo esse tipo de coisas. Talvez porque, ainda somos um feudo? Uns, são mais iguais que outros? Isso é, ou foi uma forma de cultura, que deveria ter acabado?
E contrariando algumas vozes inquietas, que clamam que o nosso alcaide e seu vice, deveriam fazer mais cadeias, mais hospitais, mais outras coisas próprias para consertar os humanos. Louvo a iniciativa de nossos representantes em fazer um Templo de Cultura, onde ocorrerão concertos que dignificarão e dignificarão os homens e os prepararão para o futuro e assim fazendo diminuiremos os custos com a tentativa de conserto de homens.
Mas enfim e por fim... peço ajuda à outro Mané... fui. 04/08/09
Vou-me embora pra Passárgada Autoria: Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Passárgada / Lá sou amigo do rei / Lá tenho a mulher que eu quero / Na cama que escolherei / Vou-me embora pra Passárgada

Vou-me embora pra Passárgada / Aqui eu não sou feliz / Lá a existência é uma aventura / De tal modo inconseqüente / Que Joana a Louca de Espanha / Rainha e falsa demente / Vem a ser contraparente / Da nora que eu nunca tive

E como farei ginástica / Andarei de bicicleta / Montarei em burro brabo / Subirei no pau-de-sebo / Tomarei banhos de mar! / E quando estiver cansado / Deito na beira do rio

Mando chamar a mãe-d'água / Pra me contar as histórias / Que no tempo de eu menino /
Rosa vinha me contar / Vou-me embora pra Passárgada

Em Passárgada tem tudo / É outra civilização / Tem um processo seguro / De impedir a concepção / Tem telefone automático / Tem alcalóide à vontade / Tem prostitutas bonitas / Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste / Mas triste de não ter jeito / Quando de noite me der / Vontade de me matar / Lá sou amigo do rei / Terei a mulher que eu quero / Na cama que escolherei / Vou-me embora pra Passárgada

Obs: Convite: participem da reunião pró criação de fórum permanente de cultura, dia 17/08 as 19h Espaço Barros Jr.

(Foto - CEC - por Jurandyr)

...Cultura e educação e/ou vice e versa...

... Foi assim, quando o catolicismo impôs aos povos de muitos continentes a sua forma de pensar. Foi assim que o branco impôs ao índio suas formas e vontades ...
Por muitos e muitos tempos os povos ficaram /ficam a mercê de alguém ou de alguns. Aquele que tem um olho é o rei em terra de cegos. Não é isso que nos contam. Mas é a leitura da pura realidade. Para diminuir as distâncias entre aquele que manda e aquele que é mandado, somente a educação e a cultura e/ou vice e versa, é que podem trazer / fazer a diferença.
Nessa mesma linha de raciocínio, temos algumas máximas que não podemos deixar ao lado, pois reflete indelével a realidade, então a primeira: “ Eduque a criança e não terá o delinqüente.” Outra: “ um centavo investido em escolas economiza milhares em cadeias”.. então que tal essa, mais antiga ainda: ” mens sana in corpore sano...” *(essa tem algumas variáveis, mas o espírito é o mesmo)... mas e locuções e interpretações, estrito ou lato sensu, invariavelmente iremos nos ater aos nossos próprio umbigos, nos nossos quintais.
Quando há a manifestação inequívoca do poder publico em investir na cultura do povo, não podemos ficar a margem e não aplaudir a iniciativa. Claro que mentes de visão mais estreita ou mais curta, dir-me-ão que os valores investidos nesses tipos de investimentos, são faraônicos ou como outro diria são para criar elefantes(não nos importa a cor para não cairmos em pechas racistas, ou em variáveis do tipo).
Percebam que ao comentar não disse em valores gastos e sim em investimentos. TUDO O QUE FOR FEITO EM MATÉRIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA, NÃO SÃO GASTOS E SIM INVESTIMENTOS PARA O FUTURO.
Para que o povo tenha segurança e/ou saúde como pregam os arautos, as melhores formas de conseguir é educar e aculturar o povo. Com Educação e Cultura nas melhores interpretações dessas palavras o povo certamente, irá melhor traçar o seu próprio destino. Mas não pensem em impor educação ou aculturar de fora para dentro. O melhor é aprender com as suas manifestações culturais e delas extrair o melhor em prol do mesmo povo que as criou.
Temos manifestações inequívocas de que essa possibilidade existe e pode ser copiada em sua base estrutural. Vejam como foi / como é o Japão e a diferença em tempo que se gasta na educação de seu povo. Percebam o quanto de cultura esse povo assimila e por conta disso, mesmo não tendo terra para expansão consegue proezas inacreditáveis, mas perfeitamente visíveis o que antagoniza com o termo inacreditável, fazendo com que as realizações daquele povo sejam notoriamente creditáveis.
No Brasil, apesar de tantos desmandos temos exemplos fantásticos dessa expressão maior que é a expansão de pensamentos e de idéias, de educação e cultura, vejam como primeiro exemplo a EMBRAPA... continuo na próxima, mas antes... leiam, curtam... absorvam...

Comida
(Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Britto)
bebida é água. /comida é pasto./ você tem sede de quê? /você tem fome de quê?
a gente não quer só comida,/ a gente quer comida, diversão e arte./ a gente não quer só comida, / a gente quer saída para qualquer parte / a gente não quer só comida, / a gente quer bebida, diversão, balé. / a gente não quer só comida, / a gente quer a vida como a vida quer. / bebida é água. / comida é pasto. / você tem sede de quê? / você tem fome de quê? / a gente não quer só comer, / a gente quer comer e quer fazer amor. / a gente não quer só comer, / a gente quer prazer pra aliviar a dor. / a gente não quer só dinheiro, /
a gente quer dinheiro e felicidade. / a gente não quer só dinheiro, / a gente quer inteiro e não pela metade. / bebida é água./ comida é pasto./ você tem sede de quê? / você tem fome de quê?

(Foto - CEC - por Cassia Prestes)